Roberto de Jesus Sant'Anna

domingo, 22 de fevereiro de 2015

DA MAÇONARIA OPERATIVA À MAÇONARIA ESPECULATIVA - GRAUS 1 2 E 3

Se é difícil, conhecer, por falta de "documentos”, um pouco da Maçonaria operativa, a dificuldade é ainda maior com referência ao período que vai do fim da Idade Média a 1717, data da fusão de quatro lojas inglesas e, por isso mesmo, da constituição da Grande Loja de Londres.
Sabemos que, numa época relativamente recente (fim do século XV), não profissionais foram aceitos nas lojas de maçons operativos.
Seria muito instrutivo ter uma data um pouco mais precisa, o que permitiria ver por que foi permitida essa aceitação de uma pessoa estranha ao ofício, podendo o contexto histórico esclarecer essa transformação. Não se poderia ver nisso uma certa decadência, até mesmo uma queda no sentido em que, no tempo de Constantino, a Igreja Católica passou da forma esotérica à forma do esoterismo, sem que por isso, tanto num caso como no outro, tenha havido uma perda do depósito tradicional iniciático.
Uma tese das mais correntes entre os Franco-Maçons é de que a Maçonaria operativa teria entreaberto as portas das lojas a "proscritos religiosos", vítimas ao, mesmo tempo dos braços seculares e eclesiásticos, tais como os templários, os rosa-cruzes, os cátaros, os vaudois, etc. Achamos que existe uma confusão nascida da concepção errônea que faz da Franco-Maçonaria uma associação franca, isto é, provida de certas liberdades, quando então, como já demonstramos mais acima, a expressão pedreiro livre é ligada ao ofício de talhadores de pedra e por isso mesmo a uma realização espiritual operada em função do "corte" operativo da pedra. Que certos membros das citadas organizações tenham sido aceitos nas lojas, é muito provável, embora nenhum texto venha corroborar esta asserção. A questão principal é, na realidade, muito importante, pois mostraria, se pudesse ser autenticamente provada, a filiação existente entre certos graus superiores do Escocismo, o 18º e o 30º graus entre outros, com os rosa-cruzes e os templários. Somos de parecer que certas pessoas foram simplesmente agregadas às lojas em função mesmo de seu ofício profano (os médicos, por exemplo), ou de sua função sacerdotal (papel de capelão). Achamos que outros se fizeram iniciar em vista de sua própria realização espiritual, numa época, a da pretensa Renascença, em que, com exceção da Maçonaria, as iniciações artesanais, que conduziam aos pequenos mistérios, desapareciam umas depois das outras. Não é menos verdade que jamais saberemos por que a Maçonaria antiga aceitou profanos no ofício de pedreiro.
Goblet d'Alviella nos diz; "... esses membros honorários, chamados também de especulativos teóricos, geomânticos, em oposição aos maçons profissionais, práticos, dogmáticos (domatics), foram no início proprietários de terra, clérigos, funcionários, grandes senhores, cujo patrocínio podia servir aos interesses da corporação". É o inverso do que dizíamos mais acima. São os Maçons, os próprios Maçons que chamam para junto de si personagens importantes para com eles se protegerem. Essa teoria, embora não seja totalmente absurda, nos parece demasiadamente "moderna" e se identifica com a idéia que um maçom do início deste século poderia fazer ao pensar na Maçonaria imperial protegida pelo Marechal Magnan, imposto à Ordem por Napoleão III e em seguida "aceito" pela própria Ordem. Prossegue Goblet d'Alviella: "A partir do segundo terço do século XVII, vemos juntarem-se (aos Maçons), em quantidade cada vez maior, letrados, naturalistas, médicos, professores, arqueólogos".Trata-se, naturalmente, do que se passa na Inglaterra. A primeira anotação segura de um maçom aceito é a de John Boswell, de Auchinleck, cuja assinatura figura no processo verbal da Loja de Edimburgo, no dia 18 de junho de 1600; na Inglaterra, trata-se de Robert Moray, iniciado no dia 20 de maio de 1641, em Newcastle, "pelos membros desta mesma Loja de Edimburgo, que ali se achava com o exército escocês".

O problema de Elias Ashmole e dos rosa-cruzes

Elias Ashmole foi o célebre arqueólogo e físico inglês do século XVII, que "fundou em Oxford um museu que traz o seu nome".
O diário desse sábio nos oferece com precisão a data de sua admissão na Ordem Maçônica: 4h 30min da tarde do dia 16 de outubro de 1646. "Tornei-me franco-maçom em Warrington, no Lanchashire, com o Coronel Henri Mainwaring, de Karichan, no Cheshire". E mais tarde ele observa ainda em seu diário: "10 de março de 1682. Por volta das 5 horas da tarde, recebo uma convocação para me apresentar a uma Loja que deve reunir-se no dia seguinte em Mason's Hall, em Londres. Consequentemente compareci à reunião e, por volta do meio-dia, foram admitidos na Fraternidade dos Maçons Sir William Wilson, cavaleiro, o Capitão Rich. Bortwick, M. Will Woodman, M. Wim-Grey, M. Samuel Taylour e M. William Wise. Eu era o decano dos Companheiros presentes (pois já faz trinta anos que fui admitido). Estavam presentes ao meu lado os Companheiros a seguir relacionados: M. Tho Wise, Mestre da Companhia dos Maçons para o ano corrente, M.Thomas Shorthose, M. William Hamon, M. John Thompson e M. William Stanton. Fomos todos almoçar na taverna da Meia-Lua em Cheapside, reunidos num banquete solene, cujas despesas correram por conta dos novos Maçons aceitos".
Esse texto é importante por mais de uma razão. Inicialmente, refuta a asserção dos historiadores maçons que, por falta de referências aos textos, pretendem que Ashmole tenha sido um maçom pouco assíduo. Ora, vemos que recebeu uma convocação para uma reunião da Loja no dia 11 de março de 1682; é pouco provável que lhe tivessem enviado essa convocação, se comparecesse de uma maneira irregular a essas reuniões. Por outro lado, ele mesmo nos diz que era o decano dos Companheiros presentes, o que prova que conhecia perfeitamente os Irmãos que compunham a Loja e também que até então não havia senão Companheiros, o que desmente a asserção citada mais acima, de Daruty, segundo o qual o grau de Mestre foi instituído em 1650, após a morte de Carlos I (1649). Não se compreende, a ser verdade o que diz Raruty, por que um homem tão ilustre como Ashmole e, sobretudo tão antigo maçom não trouxesse o título de Mestre em 1682, após trinta e cinco anos de Maçonaria. Cabe ainda observar que "entre os companheiros recentemente recebidos, de que fala Ashmole, encontrava-se um baronete, Sir William Wilson e um oficial, o Capitão Richard Borthwick. É, portanto, evidente que os não-profissionais, como o próprio Ashmole, eram admitidos de imediato como Fellows e que não havia, no caso deles, a questão de um grau anterior. Mais ainda: os quatro outros membros recebidos na presença de Ashmole eram pessoas do ofício, que já figuravam anteriormente na qualidade de Mestres nos registros da Companhia dos Maçons. Como explicar? Ali estão Mestres que são, em seguida, promovidos a Companheiros". A admiração de Goblet d'Alviella, cujo texto acabamos de citar, é bastante ingênua. É evidente que os Mestres do Ofício que acabam de ser iniciados na Loja de Ashmole - estamos no século XVII - traziam um título corporativo provavelmente comprado a peso de ouro e por mais perfeitos pedreiros corporados que fossem, não tinham ainda recebido a iniciação que fazia deles verdadeiros operativos. Esta confusão entre "operatismo" e "corporatismo" é muito frequente entre os historiadores maçons.
Além disso, uma tradição muito sólida quer que Elias Ashmole tenha sido rosa-cruz e que foi por seu intermédio que a corrente rosa-cruz se introduziu na Maçonaria, o que justificaria a transmissão regular e, por isso mesmo, o valor iniciático do 18° grau da Franco-Maçonaria atual. Lionel Vibert, com muito bom senso, pode escrever sobre esse assunto: "Mas falta a prova histórica no que diz respeito à menor relação entre as duas organizações (os rosa-cruzes e a Maçonaria); não basta o fato de Ashmole e, outros terem sido, no século XVII e depois, ao mesmo tempo maçons e rosa-cruzes". H. F. Marcy, num certo sentido, tem também razão de ridicularizar a ousada afirmação de Gould, segundo a qual os rosa-cruzes teriam sido "o último elo de uma cadeia invisível ligando a Franco-Maçonaria nascente a uma escola científica qualquer da antiguidade, escola que, na atualidade, teria quase completamente caído no esquecimento A questão dos rosa-cruzes põe problemas graves que parecem ter sido complicados à vontade.
Se existiu uma Fraternidade dos rosa-cruzes no começo do século XVII, é dessa organização exterior que nasce a lenda de Christian Rosenkreutz; não serviu senão de salvaguarda para os escritos de Voalentin Andreae, autor de Noces chymiques de Ohristian Rosenkreutz.
Em 1623, foram afixados em Paris cartazes que se diziam dos "Irmãos da Rosa-Cruz, que, visíveis ou invisíveis, estavam na cidade e ensinavam todas as ciências", o que de longe tem o cheiro da mistificação. Do mesmo modo, um pouco mais tarde, em 1628, encontra-se em Londres "uma comunicação misteriosa... em nome do embaixador do Presidente da Sociedade dos Rosa-Cruzes (que) prometia ao Rei Carlos I depositar no tesouro real até três milhões de libras esterlinas, ensinar-lhe o meio de suprimir o Papa, de expandir a religião anglicana em toda a Cristandade e de converter os judeus e os turcos à religião cristã". Esse texto tem, pelo menos, o mérito de sublinhar que aqueles que se diziam rosa-cruzes eram oriundos de um movimento de reformados e convém lembrar, a propósito, que o selo de Lutero era formado por uma cruz ornada com uma rosa. Na realidade, esses personagens misteriosos não eram senão rosacrucianos (Leibnitz era um deles) e não rosa-cruzes. Essa distinção se prende a algo inteiramente diferente, "o termo Rosa-Cruz é ... a designação de um grau efetivo iniciático... a perfeição do estado humano, pois o próprio símbolo da Rosa-Cruz representa, pelos dois elementos de que é composto, a reintegração do ser no centro desse estado e a plena expansão de suas possibilidades individuais a partir desse centro; marca, portanto, Com exatidão, a restauração do 'estado primordial' ou, o que vem a ser a mesma coisa, o acabamento da iniciação nos 'pequenos mistérios' ". O que equivale, portanto, exatamente à realização espiritual própria da Maçonaria azul e não corresponde de modo algum a um grau maçônico de qualquer perfeição. Por outro lado, é compreensível que seria inútil a um grupo de pessoas ou mesmo a um indivíduo qualquer pretender-se rosa-cruz, pois se trata de um estado individual com tendência à "personalização" dessa individualidade. Mas, a confusão entre rosa-cruz e rosacrucianos é total na maioria dos casos. Assim, no século XIX, parece que Balzac, martinista, talvez franco-maçom, tivesse, sido um rosacruciano. Pode-se dizer rosacruciano, mas não rosa-cruz.
Aqueles que se apresentam como tal pertencem à primeira categoria e são "adeptos das ciências secretas: alquimia, astrologia, magnetismo, comércio com os espíritos, o que não ocorre sem misticismo e iluminismo. H. F. Marcy concluiu, com razão, que foram essas pessoas que provocaram "o aparecimento dos primeiros escritos satíricos de Andreae, que se reúnem sob o nome de manifestos rosacrucianos", aos quais já nos referimos anteriormente.

A formação da Grande Loja de Londres
Não se saberá jamais ao certo por que a Grande Loja de Londres foi criada em 1717. Sobre o assunto, escreve H. F. Marcy: "Cada oficina interpreta à sua maneira as Velhas Constituições (Old Charges) e entre as maneiras de proceder às iniciações, às reuniões, existe uma diversidade que, com o tempo e a longo prazo, pode destruir a unidade moral que permanece como o único vínculo entre os maçons aceitos. A confusão aumenta todos os dias e a velha instituição ameaça falir sem esperança de recuperação. Nesse país tão tradicionalista que é a Inglaterra, as Lojas se tornam cada vez mais 'ocasionais', deixam-se dispersar e se perderem seus arquivos, chega-se ao ponto de não se celebrar mais a festa anual de São João do Inverno, de não se realizar mais o banquete prescrito pelas 'velhas constituições' ". Marius Lepage, não sem fineza, observou com precisão o clima de incerteza econômica, social e política existente no começo da Grande Loja. Escreve Anderson "O Rei Jorge I chegou a Londres no dia 20 de setembro de 1714. Algumas lojas de Londres, desejosas de um ativo protetor, em face da incapacidade de Sir Christopher Wren (pois o novo rei não era franco-maçom e, além disso, não conhecia a língua do país), acharam por bem cimentar, sob um novo e grande mestre, o centro de união e de harmonia. Com esse objetivo, as lojas:
N° 1 - No Ganso Grelhado, na Praça da Catedral de São Paulo, Nº 2 - No Coroa, na Avenida Parker, perto da Avenida Drury,
Nº 3 - Na Taberna da Macieira, na Charles Street, Covent-Garden,
Nº 4 - Na Taberna Caneca de Vinho, na Channel-Row, Westminster, reuniram-se com alguns outros antigos irmãos no dito Macieira e, tendo dado a presidência ao mais velho mestre maçom, mestre de uma loja, constituíram-se numa grande loja, par interim na devida forma. “Resolveram restaurar a comunicação trimestral dos oficiais das lojas, reunir-se em assembléia nas festas anuais e escolher então entre eles um grão-mestre, na expectativa de terem a honra de ter à sua frente um irmão nobre”. Anderson acrescenta que no dia de São João Batista realizou-se uma assembléia de maçons "francos e aceitos" na Taberna do Ganso Grelhado, "na Praça da Catedral de São Paulo" e que estes (sic) elegeram com a mão levantada o "nobre Anthony Sayer para Grão-Mestre dos Maçons, o qual imediatamente investido nos adornos de seu ofício pelo mestre mais antigo, e instalado, foi felicitado pela assembléia, que lhe rendeu homenagem". Esse texto muito importante de Anderson mostra que Christopher Wren tinha uma função nas lojas antes de 1717. Ora, sabemos, segundo Aubrey, que na segunda-feira, 18 de maio de 1691, ocorreu uma reunião da loja em São Paulo e que Christopher Wren foi na ocasião "adotado como Irmão, e Sir Henry Goodric, da Torre, e diversos outros". Mas L. Vibert desmente que Wren tenha tido qualquer função e assegura que a afirmação de Anderson "não tem a mínima base documental". A partir, de 1717, a Maçonaria se dá então uma estrutura escrita e M. Lepage declara melancolicamente: "No meu parecer, a partir desse dia nefasto data o declínio da Maçonaria autenticamente tradicional. Ao se dar chefes e regulamentos gerais, os Maçons da época rejeitaram a mais bela idéia maçônica, isto é, "o Maçom livre, na loja livre.E B Jones: "...a nova Grande Loja viveu tranquilamente durante três anos. Em seguida, ela conheceu uma grande atividade, durante a qual as quatro lojas primitivas aumentaram em número até se tornarem sessenta e quatro, se se der crédito a uma lista registrada em 1725.
Dessas sessenta e quatro, cinquenta estavam em Londres (as outras no interior). . . ". Não é nosso propósito, como já o dissemos no Prefácio, acompanhar o desenvolvimento das lojas inglesas no século XVIII, do mesmo modo que o desenvolvimento das Lojas na França durante o mesmo período. É suficiente dizer, em função dos documentos ingleses, que uma loja se reunia em Paris (em 1725 ), na Rua de la Boucherie, na casa de Hure, dono de uma estalagem.
Em 1735, havia sete lojas em Paris e existiam algumas no interior. É nessa época que as lojas de Paris exigem da Grande Loja da Inglaterra o direito de formar uma Grande Loja provincial. Isto só é concedido em 1743 e resultou na constituição da Grande Loja inglesa da França. Diz M. Lepage: "A administração é de tal ordem medíocre, e, convém dizer, as Lojas se negam a se submeter a toda ingerência estrangeira, direta ou indireta, que essa Grande Loja declara-se independente em 1755, para assumir o título de Grande Loja da França", Mas nos antecipamos um pouco, tornando-se agora necessário apresentar os três personagens que marcaram profundamente o nascimento e o primeiro desenvolvimento da Maçonaria moderna ou especulativa: Anderson, Désaguliers e o cavaleiro Ramsay
A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática.
Jean Palou.
Editora Pensamento.
Fraternalmente,
Virgilio Pinto Neto.

Isto é muito interessante. Na realidade, os geomânticos são os praticantes de uma espécie de adivinhação que se opera "ora traçando sobre a terra linhas e círculos, sobre os quais se acredita poder adivinhar o que se pretende saber, ora traçando ao acaso, no chão ou no papel, vários pontos sem observar qualquer ordem; as figuras formadas pelo acaso constituem a base de um julgamento sobre o futuro". (J. COLIN DE PLANCY, Dict. infernal, Paris, 1844, 3ª, p. 240, coluna 1.) A aceitação dos geomânticos na Maçonaria mostra, já naquela época, uma confusão entre esse método de adivinhação e o método dos cinco pontos da Maçonaria operativa para realizar Uma construção, que "consistia em fixar inicialmente os quatro ângulos, onde deviam ser colocadas as quatro primeiras pedras, depois o centro, isto é, a base, que era normalmente quadrada ou retangular, o ponto de encontro de suas diagonais; esses piquetes que marcavam os cinco pontos eram chamados Iandmarks e está ai sem dúvida o sentido primeiro e original desse termo maçônico". (R. GUÉNON, Symboles fondamentaux de Ia science sacrée, Paris, 1962, p. 295, nota 1.) Por esse exemplo, vê-se claramente o que separa os verdadeiros operativos dos maçons aceitos. Convém notar que os Cinco pontos da Mestria são, na Maçonaria especulativa, aplicados a um simbolismo corporal, representando o homem o próprio edifício (grau de Mestre).
Sobre a geomancia, ver E. CASLONT, TraiJé élémentaire de géomancie, Paris, 1935.
(2) GOBLET D'ALVIELLA, Des origines du grade de Manre dans Ia
Frane-Maçonnerie, Bruxelas, 1907, p. 17.
 (3) Lionel VIBERT, La Frane-Maçonnerie avant l'existenee des Grandes
Loges, Paris, 1950; p. 81.
Escreveu E. ASHMOLE: Faseieulus Chemieus of Chymieal Colleetions
expressing the Ingress, Progress and Egres:; of the seeret Hermetie scienee and
of the choieest and most famous authors, Londres, 1650; Theatrum Chemieum
Britannieum, Londres, 1652; The Way to Bliss, Londres, 1658; Diary and Will,
ed. R. T. GUNTHER, Oxford, 1927.
Sobre Ashmole ver entre outras obras: D. WRIGHT,Elias Ashmole: archaelogist,
astrologer, historian, rosicrueian and freemason, Londres, 1924; Lionel
VIBERT, op. cit., p. 111-112; H. F. MARCY, Essai, t. I, p. 53-56 e t. lI, p.
72-88; GOBLET d'ALVIELLA, op. cit., p. 17-19.
H. F. MARCY,t. I, p. 53.
Citado por H. F. MARCY, Essai, t. I, p. 53 e p. 55.
DARUTY, op. eit., p. 16.
GOBLET Ú'ALVIELLA, op. cit., p. 18-19.
Cf. R. GUÉNON. Aperçus sus l'initiation, Paris, 1953, 2: ed., p. 192-197
Lione1 VIBERT, QP. cit., p. 112,
GOULD, Histoire abrégée, p.100. Cf. H.F. MARCY,Bssai, t lI, p. 73.
Ver sobre os Rosa-Cruzes: R. AMBELAIN" Templiers et Rose-Croix, Paris, 1955; P. ARNOLD, Histoire des Rose-Croix, Paris, 1953 (cf. parecer crítico de M. LEPAGE, "La Rose Crucifiée", em Le Symbolisme, n.O5, 327, maio/junho de 1956, p. 301-310); F. HARTMANN, The secret Symbols of the Rosicrucians, Boston, 1888; W. E. PEUCKERT,. Die Rosenkreutzer, Iena, 1928; H. SCHICK, Das altere Rozenkreutzertum, Berlirn, 1942; Willy SCHRODTER, Geschichte und Lehre der Rosenkreutzer, Villach, 1956; F. WITTEMANS, Histoire des Rose-Croix, Paris, 1925; Frantz HARTMANN, Au seuil du sanctuaire, Paris, 1920; Ubaldo TRIACA, Le livre du Rose-Croix, 1950 (cf. parecer muito crítico de M. LEPAGE, "Faits et légendes", em LI! Symbolisme, setembro/utubro de 1958, n.O341, p. 5-18). As páginas de H. F. MARCY sobre o assunto (Essai,t. Il,p.' 72'88) não são desprovidas de interesse no plano histórico, más o fundo do problema não chegou a ser mesmo entrevisto. O pequeno livro de Serge RUTIN, HistQire des Rose-Çroix, Paris, 1962, 2." ed., será útil pelo menos quanto à abundante bibliografia: crítica. O livro de Sédir continua sempre importante e pode dispensar a leitura das outras obras; Enfim, recomendamos sobretudo a proveitosa leitura das páginas tão profundas de R. GUÉNON em Aperçus sur l'initiation, Paris, 2." ed., 1953, p. 241.243, que, ao contrário da maioria dos autores, estabelece as diferenças existentes entre Rosa-Cruzese Rosa-crucianos. No plano literário, ver o capítulo, não destituído de interesse,. embora tratando de um assunto particular, da tese recente de Louis GUINEI, Zacharias Werner et I'ésotérisme açonnique, La Haye, Mouton et Co:, 1962, p. 130-158 (Franc-Maçonnerie et Alchirnie). O número especial da revista. Le Voile d'Isis (Paris, Chacornac, 32º année, agosto/setembro de 1927) continua sendo muito importante com relação ao problema dos Rosa-Cruzes.
H. F. MARCY, Essai, t. n, p. 83, segundo GOULD, Histoire abrégée, p. 84.
R. GUÉNON, Aperçus sur l'initiation, op. cit., p. 242.
L.. César MOREAU, La Franc-Maçonnerie..., etc., Paris, 1855, cita
Balzac entre os Maçons célebres de seu tempo (p. 13 nota 1) e apresenta mesmo
"Soldados franceses, bravos guerreiros
Sede maçons em vossa ronda,
No campo, na terra e no mar,
Por toda parte criai oficinas:
O número de bons operários
Pode trazer a paz ao mundo".
Versos medíocres mais ou menos comparáveis aos apresentados por Balzac em Illusions perdues.
Jean PALOU, "L'ésotérisme de Balzac", em Bulletin de Ia société des amis de Balzac, 1953.
H. F. MARCY, Essai, t. 11, p. 87.
H. F. MARCY, Essai, t. I, p. 63.

M. LEPAGE, L’Ordre et les obédiences, p. 42-43.
ANDERSON, Constitutions de 'la confrérie des Francs et Acceptés Maçons, éd. M. Paillard, IV parte, p. 14-15.
A Taberna do Ganso Grelhado existia ainda em 1897, "uma escada em caracol, muito estreita, conduzia ao primeiro andar onde se encontrava uma sala de refeição de dimensões bastante amplas. Foi nessa sala, sem dúvida, que se realizou a reunião dos fundadores da Grande Loja" (Descrição de Roos ROBERTSON dada por L. DALTROFF,"La Taverne à l'Oie et au Gril, em L’Acacia, nº 29, maio de 1926, p. 477). Lê-se em Catéchismedes Maitres (Recueil précieux de la Maçonnerie adonhiramite, A Philadelphie, chez Philarethe, rue de l'Equerre, à l'Aplomb, 1787, p. 84): "Como ali chegastes (à sala do meio). - Por uma escada feita em forma de parafuso, que sobe por três, cinco e sete".
Citado por L. VIBERT,op. cit., p. 143.
L. VIBERT,op. cit., p. 143.
M.LEPAGE,VOrdreet les obédiences, p. 45.
B. ]ONES, Freemason's guide, p. 172, citado por M. LEPAGE, op.
cit., p. 47.
Essas lojas são: São Tomás, nº 1 renovada no dia 3 de abril de 1732, 12 de junho de 1726; loja de Coastown (Goustaud), 12 de junho de 1726; São Luís de Prata, chamada São Tomás II (Lebreton), 7 de maio de 1729; São Martinho (Peny père), 7 de maio de 1729; as Artes Santa Margarida, 15 de dezembro de 1729; São Pedro-São Paulo (Puisieux), 15 de dezembro de 1729; loja de Bussy (Aumont), 15 de dezembro de 1735. Os nomes próprios são os dos veneráveis que presidem a essas lojas (conforme G. BORD, op. cit., p. 155 e id.,
Sobre a evolução das Lojas tanto na Inglaterra como na França, consultem-se com proveito: H. F. MARCY,Essai,t. I, pp. 45-148;Gaston MARTIN, Manuel d'histoire de Ia Franc-Maçonnerie française, Paris, 1929, pp. 3-21, 32-118.
ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M\M\
GOSP / GOB - R\E\A\A\



SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33

Não é tarefa fácil escrever a História de uma instituição, que já tem cento e oitenta anos e cujos documentos, em grande parte, se perderam, por negligência, apropriação indevida e sanha dos “colecionadores”, que os exibem em seus arquivos particulares. 

Não é fácil, também, quando essa mesma instituição, há mais de setenta anos, é dicotomizada, proporcionando uma longa e infindável polêmica em torno de regularidade e legitimidade verdadeiras e não as sacramentadas por homens movidos, muitas vezes, por paixões pessoais, interesses, ou influências externas.

De 1832 a 1927 – ou seja, cento e cinco anos – o Supremo Conselho do Grau 33, no Brasil, foi um só, abstraídas pequenas e efêmeras dissidências. E a sua História, em grande parte, confunde-se com a História do Grande Oriente do Brasil – a Obediência Mater da Maçonaria Brasileira – com a qual ele fez fusão, a partir de 1854. Durante esse tempo, o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil era, ao mesmo tempo, o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho. Por isso, nesse período, a História abordada é, praticamente, a do Grande Oriente do Brasil, limitando-se, o Supremo Conselho, a uma pura rotina administrativa interna.

Em 1927, ocorria o grande cisma na Maçonaria brasileira, o qual, originado no Supremo Conselho, teve repercussão na Obediência Simbólica, propiciando a criação das Grandes Lojas estaduais autônomas. No Supremo Conselho, embora o seu Soberano Grande Comendador tenha carregado todos os documentos e papéis administrativos da Oficina Chefe do Rito, para fora do local de funcionamento desta, não houve uma defecção unânime, mas, sim, um racha, praticamente ao meio. Isso fez com que, com os membros remanescentes, o Grande Oriente do Brasil reconstituísse o Supremo Conselho original, iniciando-se, aí, uma verdadeira batalha, para que as demais Oficinas Chefes do planeta reconhecessem, como regular e continuação do original, um dos dois Supremos Conselhos, a partir de então existentes no País.

Por circunstâncias várias e por um melhor e mais eficiente trabalho de bastidores, junto ao organizador da Convenção de Supremos Conselhos, de 1929, em Paris, o Supremo Conselho, então ligado ao Grande Oriente do Brasil, foi impedido, apenas por esse organizador, de participar do conclave e apresentar a sua versão dos fatos, enquanto que a facção, que, na realidade, fora dissidente – ou seja, discordara da orientação existente até 1927 – contava com as suas benesses e recebia os foros de legitimidade e regularidade, no território brasileiro.

O Supremo Conselho remanescente, ligado ao Grande Oriente do Brasil, recuperaria a sua autonomia, em 1951, sendo separada, a sua administração, daquela da Obediência Simbólica. A partir deste momento, a sua História é só sua, embora ligada, em alguns momentos, com a do Grande Oriente do Brasil.

Assim, o Supremo Conselho continuava tranquilamente, em sua rotina administrativa. Todavia, como funcionava na Rua do Lavradio, ficou em posição de expectativa, já que o Grão-Mestre Cyro Werneck informava que a Assembleia Constituinte do Grande Oriente iria se reunir, em 1960, para decidir se a sua sede continuaria no Rio de Janeiro, ou se seria mudada para Brasília. Já havia, porém na época, a intenção de instalar o Supremo Conselho em outro local, para que ele permanecesse no Rio de Janeiro, quando o GOB se transferisse para Brasília.

Em 07 de setembro de 1960, quando João Goulart assumiu, tendo Tancredo Neves como presidente do Conselho de Ministros, o Grande Oriente e consequentemente o Supremo Conselho, corriam o risco de perder a sede do Lavradio, por desapropriação para a reurbanização do centro do Rio de Janeiro. Em 1962, o GOB ainda brigava por seus direitos na Justiça.

A 15 de novembro de 1965, era assinado o Tratado de Amizade e Aliança Maçônica do Supremo Conselho com o Grande Oriente do Brasil, o qual foi publicado no Boletim Oficial nº 19, Ano III, novembro/dezembro – 1965, nos seguintes termos:


Tratado de Amizade e Aliança Maçônicas O Grande Oriente do Brasil, Potência Simbólica e o Muito Poderoso e Ilustre Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, Potência Litúrgica, ambas com sede à Rua do Lavradio, nº97, ao Vale do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, hão por bem renovar, por este Instrumento, a Amizade a Aliança, que há mais de um século existem entre as referidas Potências. 

Art. 1º - O Muito Poderoso e Ilustre Supremo/ Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito (nas demais cláusulas denominado apenas Supremo Conselho) reconhece o Grande Oriente do Brasil, como única Potência regular, legítima e soberana, no Brasil, para os três graus simbólicos.
 

Art. 2º - Por seu lado, o Grande Oriente do Brasil reconhece o Supremo Conselho como única Potência regular, legal, legítima, soberana e Chefe do Rito, com exclusiva Autoridade e jurisdição no Brasil.




Este tratado, embora totalmente obsoleto, continua em vigor até hoje, mais de 47 anos após a sua entrada em vigor.

Em dezembro de 1973, no Boletim nº67, surgia pela primeira vez, a disposição do Soberano Grande Comendador em exercício, Ariovaldo Vulcano, de partir para a aquisição de uma sede própria para o Supremo Conselho, tanto pela necessidade de crescimento do Rito, quanto pela de adequação dos Corpos Filosóficos. A 13 de novembro, um dia depois das comemorações do 145º aniversário do Supremo Conselho, era lançada a pedra fundamental da nova sede própria. Em Sessão plenária do Supremo Conselho, a 14 de setembro de 1978, Vulcano comunicava que a inauguração da sede, no Campo de São Cristóvão, estava programada para o dia 10 de novembro.

A Secretaria de Cultura era uma velha aspiração de Vulcano, Maçom culto dedicado ao Supremo Conselho e ao Grande Oriente do Brasil. O primeiro Secretário de Cultura foi Américo Bispo da Silveira e o primeiro ocupante da Secretaria de Comunicação Social foi Ney Coelho Soares.

A 4 de setembro de 1986, era aprovada a criação do Grêmio de Radioamadores, que permitiria ao Supremo Conselho instalar uma Estação de Transmissão de Radioamador, com alcance em todo o País com a finalidade de transmitir boletim informativo semanal, sobre os assuntos de interesse de todos os Corpos Filosóficos.

A 19 de outubro de 1988, o Supremo Conselho do Brasil sofria uma enorme perda: o Soberano Grande Comendador Ariovaldo Vulcano, o dínamo que incentivou a construção da sede própria e que batizou e organizou os trabalhos administrativos do Supremo Conselho, falecia às 13h30.

Em 1995, foi criado o Museu Maçônico e Histórico do Supremo Conselho, por Ney Coelho Soares, Soberano Grande Comendador em exercício na época. No final de 1998, o Supremo Conselho lançava a revista “O GRAAL”.

O Supremo conselho continuou a crescer e tornou-se um grande complexo arquitetônico. Em 27 de junho de 2003, é inaugurada a Biblioteca Dr. José Ramos Penedo, que possui a função social de democratizar e disseminar a informação ao público. Seu acervo é formado por literatura maçônica e profana, monografias, teses, periódicos e material iconográfico. Há restrições de cesso ao acervo que possa violar a privacidade da Maçonaria.

Em 2007, o grande empreendedor Enyr de Jesus da Costa e Silva foi eleito Soberano Grande Comendador. Sua vida maçônica teve inicio no dia 20 de novembro de 1975, na Loja Copacabana do Grande Oriente do Brasil. No dia 14 de maio de 1976, iniciou na Loja de Perfeição Cruzeiro do Sul, começando assim sua caminhada nos Graus Filosóficos da Maçonaria e hoje tem a responsabilidade de ocupar o comando do Supremo Conselho do Brasil.

Em janeiro de 2010, sob a administração do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, o Museu passou a ser denominado Centro Cultural Maçônico, espaço que reúne cultura de diversas formas, como exposições de longa duração e temporária, sala de leitura e teatro. É um espaço aberto ao público em geral, onde a visitação se estende às Câmaras Filosóficas, objetivando expor a cultura maçônica e sua influência na história do Brasil.

O Centro Cultural Maçônico participa anualmente da Semana Nacional de Museus, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC). O evento possibilita aos visitantes uma viagem pela história, ciência e cultura nas instituições museológicas do Bairro de São Cristóvão, cumprindo o seguinte roteiro: Museu Nacional, Museu Conde de Linhares, Casa da Marquesa de Santos, 1º Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador – 1823, Centro Cultural Maçônico, Museu de Astronomia e Club de Regatas Vasco da Gama. Neste Projeto, o Centro Cultural Maçônico, durante dois dias – sábado e domingo – abre suas portas e atinge uma visitação de aproximadamente três mil pessoas.

Neste ano de 2012, sob a administração do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, o Supremo Conselho possui 59 Órgãos: 39 Delegacias Litúrgicas, 1 Representação e 19 Colégios dos Grandes Inspetores Gerais sediados nas regiões mais desenvolvidas de cada Estado. Há também 759 Corpos Filosóficos Regulares: 290 Lojas de Perfeição, 257 Capítulos Rosa-Cruz, 130 Conselhos Filosóficos de Kadosch e 82 Consistórios de Príncipes do Real Segredo, todos constituídos por Obreiros em harmônica união com o Grande Oriente Do Brasil.

Sem dedicação não há conquista, assim neste ano de 2012, o Supremo Conselho do Brasil completa 180 Anos de muita dedicação de homens que consolidaram essa honrada Instituição. Parabéns ao nosso Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva e a todos os Irmãos que tornaram esse fato histórico possível.

Fonte de pesquisa: CASTELLANI, José. O Supremo Conselho no Brasil: síntese de sua história, Rito Escocês Antigo e Aceito. Editora Maçônica “A Trolha”. Londrina:2000.

ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M.'.M.'.
GOSP / GOB - R.'.E.'.A.'.A.'. 

SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33 DO R.'.E.'.A.'.A.'.

12/03/1829 – o Irmão Francisco Ge Acayaba de Montezuma, depois Visconde de Jequitinhonha, então no exílio, recebe do Supremo Conselho dos Países Baixos, hoje Bélgica, uma carta de autorização para instalar um Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil.
12/11/1832 – de volta ao Brasil o Irmão Montezuma instala o Supremo Conselho usando a autorização do Supremo Conselho da Bélgica.
Durante os anos seguintes, várias foram às cisões e aproximações em torno do Supremo Conselho.
Uma das características dessa fase é um amálgama, entre o Supremo Conselho e o Grande Oriente do Brasil, de forma que o Grão-Mestre eleito passava a ser o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Rito Escocês, mesmo que tal Grão-Mestre sequer fosse membro do Rito.
1925 – O Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, e, portanto Soberano Grande Comendador do Rito Escocês, era o Irmão Mário Behring que, concluindo pela irregularidade de tal situação decidiu separar as duas jurisdições a exemplo do resto do mundo, os Graus Simbólicos com o Grande Oriente do Brasil e os Graus Superiores com o Supremo Conselho. Assim, não mais se candidatou ao cargo de Grão-Mestre permanecendo como Soberano Grande Comendador. Estava feita a tão desejada separação.
O Grão-Mestre eleito, Irmão Octavio Kelly, levado por alguns dissidentes achou por bem não mais reconhecer a separação decidindo assumir também o cargo de Soberano, para o qual não foi eleito, sendo prontamente rechaçado pelos Membros com direito a voto no Supremo Conselho. O que era uma separação amigável transformou-se em cisão.
1927 – Assim, ficou o Supremo Conselho sem ter base simbólica onde buscar os Mestres Maçons para ingresso no Grau 4, e o Grande Oriente do Brasil sem ter para onde mandar os Irmãos das Lojas Escocesas desejosos de continuar os seus estudos. Não tendo alternativa, o Supremo Conselho, que continuava a ser dirigido pelo Irmão Mário Behring, promoveu a criação das Grandes Lojas Brasileiras para delas poder continuara retirar os Mestres para as suas Lojas de Perfeição (Grau 4 ao 14). Membros do Grande Oriente do Brasil, por sua vez, criou, apoiado em alguns ex-membros do Supremo Conselho, um novo Supremo Conselho, que foi chamado de reconstituído.
1929 – Paris, França, é realizada a IV Conferência Mundial, onde comparecem os Supremos Conselhos Montezuma e o Supremo Conselho “reconstituído”. Naquela ocasião ficou definitivamente assentado que o único Supremo regular, reconhecido e única autoridade legal e legítima para o Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil é o que hoje se denomina “SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33 DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO DA MAÇONARIA PARA A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, com sede em Jacarepaguá, Rio de Janeiro cujo Soberano Grande Comendador é o Irmão Luiz Fernando Rodrigues Torres, 33°, que é também presidente da XVI Conferência Mundial de Supremos Conselhos.
Tal decisão tem por base o Art. 5°, das Grandes Constituições de 1786, que determina que só pode existir um Supremo Conselho em cada País, exceto nos Estados Unidos da América, onde foi previsto a existência de dois. Não se trata, entretanto, de cisão até porque um é filho do outro.

2000 – Rio de Janeiro, Brasil – Realizada a XVI Conferência Mundial dos Supremos Conselhos com a presença de quase todos os Supremos Regulares do Mundo. O Ir. Luiz Fernando Rodrigues Torres, 33°, Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República do Brasil passa a ser o Presidente da XVI Conferência Mundial, e em 2005 transferiu o cargo para o Ir. JACK BALL, 33º, Soberano Grande Comendador da Austrália.

ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M.'.M.'.
GOSP/GOB - R.'.E.'.A.'.A.'.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

INTERSTÍCIO MAÇÔNICO

Interstício significa um espaço, um intervalo entre dois pontos, dois segmentos, dois estágios. Relativo ao tempo significa uma parada, uma pausa a ser dada. Numa escalada, significa um patamar, um tempo para o próximo estágio.

Desenvolvimento:

A Maçonaria tem nos seus interstícios um importantíssimo passo para o desenvolvimento do Maçom. Estes estágios, entre os graus, ao contrário de ser uma “parada” têm como finalidade dar-nos o tempo necessário para verdadeiramente assimilarmos os conceitos que nos são inicialmente transferidos quando das Elevações.

Quando somos Elevados a um determinado grau maçônico, logo após, antes do grau seguinte, muitos novos conhecimentos devem ser exercitados, aprendidos, interiorizados e pelo trabalho do verdadeiro Maçom, devem ser aplicados no intuito de construir um mundo melhor. Estes conhecimentos, assimilados adequadamente, passo a passo, fazem a construção interior do Maçom, fortifica a procura constante de cada um no crescimento pessoal e coletivo. Para isto, se faz necessário um tempo.

Cada Maçom deverá dedicar-se à leitura, à visitação, ao trabalho maçônico, confrontando o que foi verificado até então, aprimorando seus conceitos, revendo cada ponto de sua vida frente ao que lhe foi passado e que ainda poderá ser visto.

Nada é estático: é dinâmico, não só frente ao que aprendeu anteriormente, mas também e fundamentalmente ao que deve ser reavaliado e desenvolvido. Aprendemos sempre que a Maçonaria é a constante busca pela verdade, acreditando que a verdade atual, pode não ser a futura. Cabe a cada Maçom, revisando o que aprendeu, o que lhe foi transmitido, exercitando tudo, junto com todos, em Loja e fora, procurando o verdadeiro caminho ao G
\A\D\U\.

O interstício entre graus deve ser utilizado de forma viva e calorosa pelo Maçom, este que é ávido e desejoso pelo aprendizado. Não devemos nos preocupar com o tempo e sim com o que devemos reavaliar. Muito deve ser novamente reaprendido, de uma nova forma.

O tempo entre os graus é definido pelos regimentos e estatutos, mas muito mais do que isto, cada um não pode se ater somente a este período: devemos e temos que nos reciclar a todo o momento. Somos conhecidos pelos princípios de sermos livres e de bons costumes. Para tal, nossa força está neste reaprender e no trabalho conjunto e constante.

Qual o interstício adequado? Não existe regra, mesmo considerando que existe aquele tempo que foi estipulado. Este, o que foi definido é o mínimo necessário, salientando que após as Elevações teremos as sessões de instruções. O novo grau, a nova Elevação, revisita os conceitos anteriores e nos traz uma nova visão a ser despertada. Sim, despertada, pois quem constrói cada caminho, cada edifício é o Maçom, utilizando-se das ferramentas que a Maçonaria lhe propicia. Cada Maçom utilizará este tempo ao seu modo e somente se sentirá satisfeito quando acreditar no muito ainda a ser aprendido.

Não devemos nos valorizar pelos graus que temos. Temos que nos valorizar pelo que aprendemos e que podemos dar, aplicar em nosso trabalho dedicado à Fraternidade. Quando mencionamos que chegamos a que um determinado grau, tendo realmente utilizado adequadamente os interstícios, aplicando nossos conhecimentos no trabalho em benefício da humanidade, estaremos sendo reconhecidos como verdadeiros Maçons.

Conclusão:

Ser Maçom é saber que para sermos os veículos de mudança, procurando a verdade, calcados nos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, devemos nos reciclar continuamente, defendendo o que aprendemos e externando os sábios conceitos visualizados em cada grau, mesmo que tenhamos chegado ao último grau.

Assim, cada interstício servirá para verdadeiramente enraizar o que nos foi transmitido, dando-nos o tempo necessário para isto e muito mais, aplica-lo em nossa vida.

Cada grau nos trará novos ensinamentos. Cabe a cada um de nós interna-lo e saber como isto poderá nos tornar maiores, livres e iguais, não em nosso benefício, mas de todos. 

Ir
\Cléber Barros Cunha 
COMPILADO POR ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M\M\

GOSP / GOB - R\E\A\A\

Breve Histórico da Fundação GLUI GRANDE LOJA UNIDA DA INGLATERRA

Uma vez fundada a Grande Loja de Londres em 24.06 l7l7, como já se sabe da história da Ordem, que ocorreu na Cervejaria do Ganso e da Grelha( The Goose and Gridiron), onde se reuniram alem de uma Loja com o mesmo nome, mais três a saber: A Coroa (The Crown); A Macieira( The Apple) e a O Copázio(copo grande, copaço) e as Uvas( The Rummer and Grappes) Elegeram como primeiro Grão-Mestre o Irmão Sir. Antony Sayer. As três primeiras Lojas foram constituídas de maçons operativos e a quarta a do Copázio e das Uvas foi constituída por homens eminentes, nobres e entre eles o Reverendo James Anderson,que escreveria em l723 o famoso Livro das Constituições (Livre des Constituitones), mais conhecido como Constituições de Anderson. Era nessa época uma Maçonaria de apenas dois graus. Não havia o grau de mestre, havia o cargo de Mestre da Loja O grau de Mestre foi introduzido na Maçonaria em l725 e definitivamente incorporado em l738. Em 11.05.l725 teriam sido elevados ao grau de Mestre os dois primeiros maçons na história da Ordem: Papillon Bul e Charles Cotton. Interessante que, os primeiros Grão-Mestres da Maçonaria no mundo eram Companheiros e não Mestres.
Entretanto, apesar desta iniciativa da Maçonaria Inglesa, fundando a que seria a primeira potência maçônica, a Grande Loja de Londres, a sua influência na Inglaterra durante muito tempo, foi relativa pois uma grande parte das lojas inglesas em respeito aos antigos costumes onde os “Maçons livres em Lojas livres” predominavam, não queriam saber de novidades, principalmente em função do já conhecido conservadorismo INGLÊShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png. O principal foco de resistência foi a velha Loja do condado de York. Os Maçons de muitas lojas teimavam em não seguir não só a uma organização obedencial, bem como eram refratários às inúmeras alterações que foram introduzidas sendo por esta razão chamados de Antigos e evidentemente os Maçons da Grande Loja de Londres eram chamados de Modernos.
Em l725 na cidade de York foi fundada a Grande Loja se autoproclamando Grande Loja da Inglaterra. Cessou suas atividades mais ou menos l740.
Em l75l foi fundada uma Grande Loja dos Antigos, formada de maçons irlandeses que haviam sido impedidos de pertencer às lojas inglesas. O maçom que mais se bateu contra os Modernos foi o irlandês Lawrence Dermott, publicando em l756 as Constituições da Grande Loja dos Antigos sob o título Ahiman Rezzon( Ahim quer dizer Irmãos: manah, escolher e ratzon, lei) Ele afirmava que os Antigos deveriam ser chamados de Maçons de York porque a primeira Grande Loja da Inglaterra havia sido reunida em York em 926 pelo príncipe Edwin. Entretanto, sabemos que se trata de uma lenda e não da realidade maçônica inglesa dos séculos XVII e início do XVIII.
Somente em l76l, foi reativada a Grande Loja de York, ligada à cidade do mesmo nome, com a seguinte sigla: Grande Loja de toda a Inglaterra (The Grand Lodge off all England). Os maçons desta Grande Loja criticavam a Grande Loja de Londres por ter esta realizado muitas alterações, a saber: mudaram as formas de reconhecimento nos graus na Maçonaria, retiraram as orações dos procedimentos; descristianizaram o ritual, omitiram os Dias Santos, mudaram a forma de preparação do candidato; enxugaram o ritual, deixando de dar as instruções como até então eram ministradas; cortaram a leitura dos Antigos Deveres nas Iniciações; retiraram a Espada durante as Iniciações, mudaram o antigo método de arrumar a loja e também alterações e mudança na função dos diáconos, colocaram o Altar dos Juramentos no centro da loja, alem de outras alterações.
Uma outra Grande Loja, a quarta, apareceu na Inglaterra em l777 por ocasião da cisão havida na Loja Antiquity, quando parte da Loja acompanhou o grande maçom Willian Preston, separando-se da Grande Loja de Londres, porem voltando daí há onze anos em l788 à Potência de origem. Willian Preston, grande palestrante e compilador dos então catecismos maçônicos., ele teria sido o primeiro maçom a dar o significado simbólico às ferramentas de trabalho dos operários da construção.
De fato, a Grande Loja de Londres, imprimiu um tipo de catecismo(não se chamava ritual naquela época), introduzindo uns procedimentos e retirando outros, mais no sentido de atualização e renovação. Criaram um Ritual muito parecido com o atual Rito de York Americano.
Quanto aos maçons do condado de York e os outros que se opunham às modificações implantadas pela Grande Loja de Londres praticavam um ritual parecido ao que Samuel Prichard de maneira perjura, publicou num jornal de Londres em 10 de Janeiro de l730 de dois graus. Eram conservadores e não admitiam modificações em hipótese alguma.
Entretanto, a Maçonaria Inglesa chegou à conclusão que tanta divergência não levaria a Ordem a lugar algum, já em l794 os dois Grão-Mestres rivais solicitaram ao Duque de Kent que intermediasse um acordo entre as duas Potências, no sentido de uma unificação. Em l809, a Grande Loja de Londres constituiu uma Loja de Promulgação ou Reconciliação, com a finalidade de estudar a fundo o problema. Esta Loja chegou a conclusão após estudos que se poderia atender a todos os interessados, principalmente no tocante ao Ritual, isto é cederiam em favor dos Antigos em parte, suas maiores reivindicações.
Em l8l3 por coincidência dois nobres, irmãos de sangue eram os Grão-Mestres das duas Potências adversárias, o Duque de Sussex da Grande Loja de Londres e o Duque de Kent, Grão-Mestre da Grande Loja de toda a Inglaterra. Assim, em 27 de Novembro daquele ano, foi assinado um tratado com 3l artigos sacramentando a união de ambas as Obediências. Não foi lavrada ata, para se salvaguardar o segredo maçônico e o Duque de Kent propôs que seu irmão o Duque de Sussex fosse o primeiro Grão Mestre da nova Potência que passou a se chamar Grande Loja Unida da Inglaterra, nome este que permanece até a presente data. A partir daí a Maçonaria Inglesa entrou numa fase de paz e tranquilidade. Acresça-se que apesar de terem chegado a um acordo acabou prevalecendo em quase 80% das práticas adotadas pelos Antigos. Há na Inglaterra uma certa tolerância, pois existem algumas pequenas diferenças nas práticas ritualísticas perfeitamente aceitas sem que isto venha a ser enxertos, invenções, adendos consistindo apenas em tradições sem constituir problemas entre os maçons ingleses, cuja mentalidade é bastante diferente da nossa, já que temos uma capacidade de inventar muito grande.
ALGUNS ESCLARCIMENTOS QUANTO AO NOME DO RITO (TRABALHO) NO BRASIL E SÍNTESE DA HISTÓRIA DO RITO NO PAÍS
Se vasculharmos detidamente os rituais ingleses notaremos que não existem alguns termos os quais foram traduzidos para o português aqui no Brasil de forma inadequada, e que acabaram sendo usados incorretamente e até se tornarem erradamente tradicionais. Em realidade não existe o Rito de York INGLÊShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png. Existe sim, o Rito de York Americano que nada tem a ver com sistema ritualístico inglês. O sistema Inglês de Ritualística tem o nome de Arte Maçônica (Craft Masonry) Não encontramos os termos Rito de York (York Rite), e nem o Rito de Emulação(Emulation Rite).
Existem os nomes de Ritual de Emulação(Emulation Ritual) e Trabalho de Emulação( Emulation working).
A partir de l871 foi criado um ritual denominado “ The perfect Cerimonies of Craft Masonry” ( Cerimônias Exatas da Arte Maçônica), impresso pela “A Lewis, Publishers” de Londres.
Existe o termo Emulation( Emulação), ligado a uma Loja a “Emulation Lodge of Improvement” (Loja Emulação de Melhoramento)fundada em l823,verdadeira escola de maçonaria onde são dadas instruções por preceptores que ensinam o ritual aos Irmãos, que existe e funciona até a presente data.
Se formos usar o nome do sistema maçônico INGLÊShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png corretamente deveríamos nos referir a este Rito como Trabalho de Emulação, e Ritual de Emulação aos procedimentos ritualísticos, porque em realidade na Inglaterra, o que nós chamamos de Rito de York, conforme já frisamos lá não existe tal expressão. Lá os maçons se dizem pertencer à Craft Masonry e não a um Rito, como aqui no Brasil. Craft significa oficio ou arte. Costumam dizer que pertencem ao Oficio Maçônico e não a um Rito.
O sistema inglês de Maçonaria entrou no Brasil através da “ Orphan Lodge” no Rio de Janeiro em 28.06.l837. Em 2l.09.l839 também no Rio de Janeiro, foi fundada a “St.Jonh’s Lodge” e a terceira Loja foi a “Southern Cross Lodge” em Recife que recebeu a Carta Constitutiva ou Carta Patente em 25.04.l856. Todas estas Lojas receberam autorização diretamente, isto é, a Carta Patente da Grande Loja Unida da Inglaterra. Não tinham quaisquer vínculos com a Maçonaria Brasileira. Estas lojas tiveram existência efêmera. mas marcaram oficialmente o contato do Brasil com o sistema ritualístico inglês. A última delas a abater colunas foi a“Southern Cross Lodge” em l872 ou l873.
O Grande Oriente do Brasil ao Vale dos Beneditinos,depois Grande Oriente Unido (dissidente do GOB) fundado em 09.l1.l863 por Saldanha Marinho fundou três lojas, pelo sistema americano, onde o Rito usado tem realmente o nome de Rito de York, sem relação com o sistema inglês. Foram elas: a Loja “Vesper” no Rio de Janeiro em 30.ll.1872 a “Washington Lodge” em Santa Barbara do Oeste -Sp. onde imigraram americanos após a Guerra Civil Americana e a “Lessing” em Santa Cruz do Sul no Rio Grande do Sul em 22.03.l880.
Entretanto a primeira loja de origem inglesa fundada sob os auspícios de uma Potência no Brasil foi a Loja “Eureka” em 21.10.l891 pelo GOB.
Em 21.l2.l9l2 o Grande Oriente do Brasil assinou um tratado com a Grande Loja Unida da Inglaterra, onde houveram dois textos, um em português, onde foi traduzido como “Grande Capítulo do Rito de York” e no inglês como “Grand Conseil of Craft Masonry in Brazil”, cuja tradução correta seria “ Grande Conselho do Ofício Maçônico no Brasil”, evidentemente se referindo à Maçonaria Simbólica. No brasão emblemático, estão inseridas as letras G.C.C.M. na parte superior e Brasil com “z” na parte inferior.
As lojas componentes deste Grande Conselho, ou Grande Capítulo como querem os brasileiros foram:
“Eureka Lodge ” nº.440 – Rio de Janeiro Fundada em 22.10.189l
“Duke of Clearence”nº.443- Salvador Bahia Fundada em10.10.1892
“Morro Velho Lodge”nº. 648- Nova Lima-Mg. Fundada em 20.03.1899
“Lodge of Unity” nº.792– São Paulo –Sp Fundada em 22.09.1902
“St. George’s Lodge” n.8l7 – Recife – Pe Fundada em30.06.1904
“Lodge of Wanders” nº 856 – Santos – Sp. Fundada em 05.09.1907
“Eduardo VII Lodge”nº903 – Belém – Pa. Fundada em 10.11.1911
A última Loja, a sétima, foi fundada para que se pudesse criar o Grande Capítulo, ou Grande Conselho. Outras Lojas vieram a fazer parte deste Corpo, como a “Campos Salles Lodge”;nº966 em São Paulo -Sp.; “Lodge of Friendship”nº.975 em Niterói- RJ; “ Centenary Lodge” nº.986 em São Paulo -Sp.; “Royal EDWARD LODGEhttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png” nº l.096 no Rio de Janeiro.
Em 06.05.l935 estas Lojas passaram a fazer parte de uma Grande Loja Distrital, já que as Lojas jurisdicionadas à Grande Loja Unida da Inglaterra fora do Reino Unido são agregadas em Distritos. A Grande Loja Distrital no Brasil (hoje, Grande Loja Distrital para a América do Sul - Divisão-Norte) teve a anuência do Grande Oriente do Brasil para esta situação, já que a maioria dos membros destas Lojas era de origem inglesa. E alem do mais em troca, interessava e muito ao GOB o reconhecimento formal da Grande Loja Unida da Inglaterra. Cessava assim as atividades do Grande Capítulo ou Grande Conselho, como seria o nome correto. Esta Entidade não conferia graus, não se tratava de um Corpo de graus superiores, já que estes não existem neste sistema ritualístico. Foi criada mais para se tratar de assuntos administrativos.
Em l920, o Irmão Joseph Thomas Wilson Sadler do quadro da Loja “Lodge of Unity” de São Paulo, baseado na Edição de l9l8 do Ritual “ The Perfect Cerimonies of Craft Masonry” fez uma tradução do Ritual INGLÊShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png para o português com a aprovação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Ele usou corretamente a expressão “ Cerimônias Exatas da Arte Maçônica” e não mencionou a expressão Rito de York.
Em l976 foi reimpresso o Ritual de l920, e aí apareceu a expressão “Rito de York”, que aliás já vinha sendo usado há muito tempo, consagrando assim definitivamente no Brasil, um nome que não existe no sistema inglês, quando se sabe que lá na Inglaterra este Trabalho (Rito) não tem esta denominação. Como todos os Rituais usados atualmente pelos brasileiros estão baseados nesta tradução, e como foi inserido em l976 o termo Rito de York, ainda que de forma incorreta, tornar-se-á- muito difícil após muitos anos se desfazer deste erro que já se tornou corriqueiro e de uso geral.
A versão feita pelo Irmão Sadler tem incorreções com relação à tradução, se bem que poucas, porem um dos maiores erros deste Ritual foi colocarem o V:.M:.e demais Oficiais com os três pontinhos, quando sabemos que eles não existem no sistema ritualístico inglês. O correto seria V\M\, conforme abreviamos as palavras na língua portuguesa.
Atualmente esta tradução foi copiada pelas demais Potências o seu diálogo usado em todo Brasil, é praticamente o mesmo mas existem dificuldades com relação a liturgia, a qual os ingleses fazem questão, quem sabe, com muita razão de esconde-la. Não ligam muito se outros povos praticam ou não seu sistema, a não ser os do Commonwealth. E os brasileiros, são useiros e vezeiros em “escocesar “qualquer sistema quer inventando quer enxertando procedimentos”. Há dificuldade aqui no Brasil em se frequentar as Lojas Distritais inglesas, já que poucos Irmãos entendem a língua inglesa. Aprendemos alguma coisa com Irmãos brasileiros que frequentam tais lojas, bem como com Irmãos que pertencem à Potências reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra e que frequentem lojas na Inglaterra quando de passagem por aquele país.
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COMO É PRATICADA A MAÇONARIA NA INGLATERRA
A Maçonaria Simbólica inglesa é totalmente controlada pela Grande Loja Unida da Inglaterra, sendo que lá como já referimos, não se fala em Ritos e sim de em um conjunto de procedimentos ritualísticos maçônicos; chamados Trabalhos. No caso o Trabalho de Emulação que é o Trabalho predominante,( cerca de 85%) tem um Ritual chamado Ritual de Emulação (Emulation Ritual)
A Grande Loja Unida da Inglaterra no entanto, reconhece outros tipos de Trabalhos a saber:
Taylor Working, Bristol Working, Lewis Working, West End Working, Stability Working, UniversalWorking, alem de outros tipos de Trabalhos menos divulgados. Todos estes tipos de Trabalhos são muito parecidos com o Emulation Working. Talvez o mais diferenciado seja o Bristol Working, no qual o Venerável usa um tipo de chapéu chamado “cocked hats” muito usado na marinha inglesa. Neste Trabalho as cerimônias também são um pouco diferentes.
O Trabalho de Emulação tem uma extensão do terceiro grau, que não chega a ser um novo grau chamado Santo Arco Real. Não se trata em absoluto de um grau superior, porem tem uma ritualística própria. Ele é frequentado pelos Past-Masters. Não confundir o Santo Arco Real do sistema INGLÊShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png com o Corpo de Graus Superiores do sistema americano ( Rito de York Americano). conhecido como Real Arco que tem vários graus. Esta história de que o Santo Arco Real inglês não é um grau, se bem pensada, não é bem assim . Não é um grau porque eles não querem que seja, pois se comporta como se fosse um grau, pois tem até um ritual especial. Esta é a verdade.
A Grande Loja Unida da Inglaterra que se julga a Loja-Mãe do mundo e se dá o direito de reconhecer ou não outras Obediências Simbólicas, ou seja, Grande-Orientes e Grandes Lojas, onde é inflexível em seus critérios de reconhecimentos, no entanto, não cogita, não proíbe, não tem tratados, não interfere com relação aos chamados Graus Superiores. Simplesmente, ignora-os. Seu poder total se refere tão somente aos graus simbólicos.
Qualquer membro de um dos Trabalhos quer seja o de Emulação, Bristol West End e etc., poderá buscar caso queira, graus superiores, em outros Ritos outras Ordens, ou GRAUS PARALELOS como lá são chamados, por exemplo no Rito Escocês Antigo e Aceito ou mesmo no Real Arco do Rito de York Americano ou em qualquer outro sistema de Graus Superiores, desde que não interfira na parte Simbólica.
Na Inglaterra e País de Gales existe um Supremo Conselho 33 do Rito Antigo e Aceito( Ancient and Accepetd Rite- Supreme Council 33 ) fundado em 1845. Não leva o nome de Escocês mas não é outro senão o nosso já por demais conhecido Rito Escocês Antigo e Aceito.
Os Irmãos poderão também ingressar na Ordem do MONITORhttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png Secreto- Grande Conselho( Order of the Monitor.
Ainda existem outros tipos de Maçonaria de Graus Superiores como por exemplo, a Ordem dos Sacerdotes Cavaleiros Templários do Sagrado Arco Real – Grande Colégio- (Order of Holy Royal Arch Knight Templar Priests) e ainda na Ordem da Cruz Vermelha de Constantino e Ordens Correlatas (Order of Red Cross of Constantine and appendant Orders).
Existem outros GRAUS PARALELOS que merecem ser citados:
- Grande Loja de Mestre da Marca – Mestres de Marca – ( Grand Lodge of
Mark Masters- Mark Degree).
- Graus de Nauta da Arca Real (Royal Arch Mariner Degree).
- Ordem dos Reais e Seletos Mestres- Grande Conselho-( Order of- Royal and Select Masters).
·        Ordem dos Graus Maçônicos Aliados- Grande Conselho- ( Order of Allied
Masonic  Degrees)
·        Honorável Sociedade de Maçons Livres, etc. ( Worshipful Society of Free Masons etc.)
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PECULIARIDADES DO TRABALHO DE EMULÇÃONO RITUAL DE EMULAÇÃO
Nomearemos as principais peculiaridades de forma aleatória
Uma Loja deste Trabalho (Rito) tem personalidade jurídica. Por esta razão ela tem que ter um Estatuto registrado em cartório como se fora uma sociedade civil e um Regimento Interno para fins eminentemente maçônicos. Os assuntos administrativos jamais poderão ser discutidos em Loja aberta, porque eles fazem parte de uma sociedade civil. Numa reunião administrativa até Aprendizes votam. Porem em Loja aberta só os Mestres poderão votar.
Há certa tolerância nos procedimentos ritualísticos, sem que isto ocasione invenções, enxertos, ou adendos, pois existe a tradição nas Lojas que não é alterada.
As jóias do Trabalho de Emulação são prateadas e não douradas.
O sinal de Ordem é um pouco diferente dos demais Ritos, e no passo o calcanhar do pé direito se encaixa na concha do pé esquerdo.
A decoração de uma Loja neste Rito é muito simples. A Loja está situada num plano só. Não existe balaustrada. As colunas “J” e “B” estão situadas fora do Templo. O nome da mesa do Venerável Mestre ( Mestre da Loja) e dos Vigilantes é Pedestal e é de forma quadrangular, muito simples e pequena sem aquela série de símbolos e papeis que existem em outros Ritos. Existe três castiçais, também chamados também de tocheiros de mais ou menos l,20 m de altura, colocados á direita do pedestal do Venerável e dos Vigilantes onde no seu topo é acesa uma vela própria.
A porta do templo é lateral localizada no canto noroeste da Loja.
Toda sessão regular é precedida de uma procissão própria do Rito para dar entrada ao Venerável e os Vigilantes. Idem, para Autoridades.
As Três Grandes Luzes são: O Livro das Sagradas Escrituras, o Esquadro e o Compasso. As Luzes Secundárias são: O Sol (2º Vigilante) governa o Dia, a Lua (1º Vigilante) governa a Noite e o Venerável Mestre (Mestre da Loja) que dirige a Loja.
Existem símbolos tais como a Corda, a Régua de 24 Polegadas, o Esquadro o Maço e o Escopro (cinzel).
Os símbolos contidos no Tracing Board of First Degree ( Tábua de Delinear do 1º grau) que em outros Ritos chama-se painel Nesta representação em forma de um quadro pintado, encontramos as Colunas Dórica Jônica e Coríntia, o Sol, a Lua cheia (não em quarto crescente), o Círculo com um ponto central; a Escada de Jacó com as três virtudes, Fé Esperança e Caridade. E ainda esta Tábua de Delinear nos explica o interior de uma Loja que é composto de Ornamentos que são o Pavimento Mosaico que é em xadrez (e não em diagonal), a Estrela Brilhante de sete pontas (Blazing Star) e a Moldura Denteada ou Marchetada, o Mobiliário da Loja composto do Volume do Livro Sagrado, o Esquadro e o Compasso e as Jóias. As Jóias Móveis são o Esquadro o Nível e o Prumo e as Jóias Imóveis são a Tábua de Delinear, Pedra Bruta e Pedra Esquadrada. Ainda temos o Lewis ( pronuncia-se lu-is ou li-uis) que seria um tipo de luva de ferro em secções com cunhas ajustáveis e expansíveis utilizadas pelos pedreiros para engatar a auxiliar os grandes levantamentos. Seria uma ferramenta que levanta grandes pesos com pouca força.
As colunetas jônica dórica, e coríntia, representação em miniatura das colunas do Tracing Board (Planta de Delinear) estão em cima dos Pedestais Em Loja aberta coluneta dórica em cima do pedestal do 1º Vigilante permanece em pé e a coríntia deitada no pedestal do 2º Vigilante Loja fechada é contrário.
O ritual deverá ser decorado ou memorizado. Não poderá ser lido em Loja. O Paster Master Imediato poderá permanecer com o Ritual aberto para “dar o ponto” e dar uma ajuda para algum esquecimento.
A dinâmica de uma sessão é a seguinte: Abertura da Loja e apresentação da Carta – Patente ao Secretário.
Leitura pelo Secretário e confirmação da Ata da sessão anterior.
Ordem do Dia.
Quaisquer assuntos de interesse da Loja.
Levantamentos. Existem três, mas o Mestre da Loja poderá engloba-los num só.
Encerramento ritualístico da Loja
Com relação aos três levantamentos, estes são os três momentos em que o Venerável põe à disposição dos Irmãos o uso da palavra, a saber,
1º Levantamento para assuntos da Ordem Maçônica Universal e Instrução do Grau.
No primeiro levantamento se houver alguma proposta, mensagem ou Decreto do Grão-Mestre para ser lido, o Diretor de Cerimonial pedirá que todos fiquem de pé e á Ordem.
2º Levantamento para assuntos da Obediência, da Loja e Expediente de Secretaria.
3º Levantamento para assuntos pessoais e da benquerença entre os Irmãos.
Quando o Venerável Mestre(Mestre da Loja) estiver ausente ele será substituído pelo PMI e não pelo Primeiro Vigilante.
A marcha é sempre iniciada rompendo-se com o pé esquerdo. Nas cerimônias em Loja aberta para qualquer Irmão transitar em Loja, será obrigatório o Esquadramento. Nenhum Irmão poderá caminhar sozinho, ele deverá ser acompanhado pelo Diretor de Cerimonial ou 2º Diácono. Este caminhar chama-se perambulação.
Esquadramento: Entende-se que quando um canto da Loja seja alcançado pela perambulação, será dado um quarto de volta à direita havendo uma pausa momentânea, prosseguindo-se a seguir,a caminhada em nova direção sempre rompendo com o pé esquerdo do Diretor de Cerimonial e o Irmão que estiver perambulando, ambos de braços dados através do membro superior direito do Irmão com o membro superior esquerdo do Diretor de Cerimonial Quando uma Loja está esquadrada, os cantos não são cortados nem contornados.
Os avental de Aprendiz é todo branco e deve manter-se de abeta abaixada. O de Companheiro é branco com duas rosetas azuis nos ângulos de baixo. O de Mestre é branco, orlado e na parte inferior com fita azul celeste de no máximo cinco centímetros.
Os cargos eletivos são: o Venerável Mestre, o Tesoureiro e Guarda Externo. O demais cargos serão nomeados pelo Venerável Mestre(Mestre da Loja)
Nos Rituais ingleses existe o termo W.M. que significa Worshipul Master que é mais um tratamento especial, ou seja, Honorável ou Venerável Mestre, porem a sua função em Loja é Mestre da Loja, mas, com o tratamento ritualístico de Venerável Mestre pelo menos é a tradição na Inglaterra.
Não existe disputa para os cargos eletivos. Há uma ordem natural para os cargos exercidos para que um Irmão se torne Venerável Mestre (Mestre da Loja), a saber: Guarda Interno, Segundo Diácono, Primeiro Diácono, Segundo Vigilante e Primeiro Vigilante. Um Irmão poderá saber cinco anos, que será o Mestre da Loja.
Haverá sempre uma cadeira vazia ao lado direito do Venerável Mestre(Mestre da Loja) a qual é do Grão-Mestre. Ninguém mais poderá sentar-se nesta cadeira.
Somente o Grão- Mestre e o Venerável Mestre (Mestre da Loja) poderão falar sentados. Os demais Irmãos deverão falar de pé dando o passo e à Ordem.
Existe somente um Livro de presenças para os Membros da Loja e para os Visitantes, sendo que os Membros da Loja assinarão primeiro e os Visitantes a seguir.
Existe apenas um Livro de Atas. Se uma Loja realizar uma Sessão de Mestre, ela terá que automaticamente ser aberta no grau de Aprendiz, passar para o grau de Companheiro e a seguir para grau de Mestre. Uma vez, havendo o procedimento no grau de Mestre, a sessão voltará para uma sessão de Companheiro e finalmente para Aprendiz. Como a Ata é para Sessão ritualística, não há registro de assuntos secretos.
O Volume das Sagradas Escrituras na Inglaterra é a Bíblia. Não existem outros livros sagrados no Rito o qual é teísta feito tão somente para a Maçonaria de irmãos cristãos. Entretanto, como a Grã-Bretanha é constituída pelo Commonwealth (Comunidade Britânica) que atualmente congrega cinquenta e oito países, é lógico que por Volume da Lei Sagrada, os ingleses povo muito politizado toleram o livro sagrado da religião de cada país.
A Loja deverá realizar três sessões mensais a saber: a) Loja Aberta – Ritualística
b) Administrativa somente para assuntos da Sociedade Civil c) de Instrução.
As sessões ritualísticas em Loja Aberta são: Iniciação, Passagem, Elevação, Instalação do Mestre da Loja e Consagração ou Dedicação do Templo. Não existem Sessões magnas ou especiais. Todas são regulares.
O QUE NÃO EXISTE NO TRABALHO DE EMULAÇÃO
Não existe nada relacionado à Alquimia, Esoterismo, Rosacrucismo, Martinismo Cabala ou qualquer ramo do ocultismo.
Não existe Altar dos Juramentos. Os compromissos são tomados no próprio Pedestal do Venerável. Existe um tamborete ou genuflexório para o candidato ajoelhar-se.
O uso do chapéu é desconhecido no Ritual de Emulação.
Não existem decorações no teto a não ser a letra “G” suspensa no centro do Templo.
Não existe dossel em cima do pedestal ou cadeira do Venerável.
Não existem os Altares das Luzes que neste Rito chamam-se como já dissemos Pedestais.
Não existe Bateria com as mãos. Existe o bater dos malhetes, cujas batidas serão específicas para cada grau. Chama-se batida de malhetes e não bateria.
Não existe Bolsa de Propostas e Informações.
Não existe o Balandrau. Em todas as sessões, o traje é preto ou escuro com gravata preta.
Não existe a Cadeia de União.
Não existe Câmara das Reflexões.
Não existe consagração do candidato pela Espada e Malhete.
Não existe a Corda de 8l nós.
Não existem Colunas Zodiacais.
Não existe certificado de presença. Se o visitante o exigir, o Secretário da Loja enviará uma carta para a Loja a qual pertence o Irmão informando que ele esteve presente à reunião.
Não existe Culto ao Pavilhão Nacional.
Não existem Espadas, a não ser a Espada do Guarda Externo. Não existe a Espada Flamígera ou Flamejante.
Não existem Graus Superiores. Existe o Santo Arco Real, que é uma espécie de extensão do Terceiro Grau, que não é considerado como um grau, apesar de possuir um ritual especial, cuja ritualística trabalha com os verdadeiros segredos do Terceiro Grau, sendo que no Terceiro Grau comum, estes segredos são substituídos.
Não existe o giro da palavra pelas colunas. A palavra é solicitada diretamente ao Venerável Mestre. (Mestre da Loja).
Não existem os Livros preto e amarelo.
Não existe a prova dos quatro elementos. Terra, Ar, Água e Fogo.
Não existe a Sala dos Passos Perdidos. O local que precede a Loja chama-se antessala.
Não existe a Palavra Semestral. Para atender as normas da Potência o Venerável Mestre (Mestre da Loja) a transmitirá discretamente sem ritualística após a sessão, a quem quiser conhecê-la.
Não existe a transmissão da Palavra Sagrada na ritualística de abertura ou fechamento da Loja.
Desde l986 A Grande Loja Unida da Inglaterra aboliu dos Rituais as penalidades mencionadas nos juramentos das Iniciações. Agora são apenas lembradas que antigamente existiam tais penas caso o candidato fosse perjuro.
Não existe a separação física entre o Ocidente e o Oriente. Não existe o gradil ou grade, nem existem desníveis ou degraus, entre estas duas partes da Loja. A Loja é muito simples situada num plano só.
Não existe a Taça Sagrada ou Cálice da Amargura.
Não existe o Tríplice Abraço.
Não existem os três pontinhos nas assinaturas, nas abreviações Os três pontinhos são desconhecidos neste Rito. As abreviações são como na escrita comum, por exemplo: Venerável Mestre V.M.
Não existem os termos Prancha de arquitetura, peça de arquitetura, balaustre, Existem no Trabalho de Emulação as palavras Expediente, Palestra ou Conferência, Ata e o termo usado para a redação da Ata é registro
OFICIAIS DA LOJA
Venerável Mestre(Mestre da Loja)
1º Vigilante
2º Vigilante
Tesoureiro
Secretário
1º Diácono
2º Diácono
Guarda Interno
Guarda Externo
Capelão
Diretor de Cerimonial
Esmoler (*)
Organista (*)
Mordomo (*)
Administrador de Caridade(*)
Assistente de Secretário(*)
Assistente de Diretor de Cerimonial.(*)
(*) São considerados cargos facultativos
Não existem os cargos de Orador, Chanceler, Expertos, Porta- Bandeira, Porta Estandarte e Portas-Espada
Para que não se confunda o sistema maçônico americano com o INGLÊShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png que acabamos de demonstrar em suas principais características enumeraremos os graus do Rito de York americano sendo que, este sim é o Rito de York, o autêntico que, tanta confusão se faz a respeito, quando grande parte dos maçons brasileiros chamam o Trabalho de Emulação de Rito de York, quando na realidade o Rito de York é como dissemos, americano e por sinal é muito deferente do inglês.
Segundo o “Educational Bureau General Grand Chapter” R.A.M. de Lexington- Kentucky –EE.UU. o Rito de York americano está dividido em quatro partes:
Primeira Parte – Lojas Azuis
1 - Aprendiz ( Entered Apprentice)
2 -Companheiro (Fellowcrfat)
3 – Mestre ( Master Mason)
Segunda Parte – Capítulos do Real Arco
4 - Mestre da Marca (Mark Master)
5 - Mestre Passado (Paster Master)
6 - Mui Excelente Mestre (Most Excellent Master)
7 - Maçom do Real Arco ( Royal Arch Mason)
Terceira Parte – Conselho de Mestres Reais e Escolhidos ( Maçonaria Críptica ou secreta)
8 - Mestre Real ( Royal Master)
9 - Mestre Escolhido (Select Master)
l0-Super Excelente Mestre (Super Excellent Master)
Quarta Parte – Conselho dos Cavaleiros Templários
11–Ordem da Cruz Vermelha ( Order of Red Cross
12-Ordem de Malta ( Order of Malta_)
13-Ordem do Templo ( Order of the Temple)

BIBLIOGRAFIA
LIVROS
O Rito de York ( Emulation Rite) Anatoli Oliynik Curitiba l997.
Rito & Rituais (Volume 1) Francisco de Assis Carvalho –
Editora “ A Trolha” Ltda –Londrina -1993
ARTIGOS EM REVISTAS
Joaquim da Silva Pires – “Comentários sobre o suposto “Rito de York” “A Trolha”
Publicados em diversos artigos em 1.997-1998
José Castellani “Rito de York” “A Trolha” nº55 Maio 1991
José Castellani “Primórdios do Rito de York no Brasil” “O Prumo” nº 101
de Abril e Maio l995
João Guilherme C.Ribeiro comentando o livro “A Reference BOOKhttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png for Freemason”
de Frederick Smith na Revista “Engenho & Arte”
ARTIGOS PUBLICADOS NA “BIGORNA”
Kurt Prober “ A Bigorna” nº 21 – Junho – l984
Kurt Prober “ A Bigorna” n°35 – Maio l985
Kurt Prober “ A Bigorna” nº 99 – Junho 1989
RITUAIS
The Perfect Cerimonies of Craft Masonry – as approved,sanctioned and confirmed by THE UNITED GRAND LODGE on 5thJune,1816 – And as taught in the Unions Emulation Lodge of Improvement For M.Ms. – Freemason Hall, London – A Rew and Revised Edition Privateley printed for a Lewis- London MDCCCXVIII (1918)
(Foi deste Ritual que o Irmão Joseph Sadler fez a tradução em l920 para o português)
Emulation Ritual
As demonstrated in the Emulation Lodge of Improvement – Compiled by and published with the approval of the Committee of the Emulation Lodge os Improvement A Lewis
(Masonic Publishers Ltd. – All rights Reserved, 1976 – London -
Rituais 1º,2º e 3º graus “Cerimônias Exatas da Arte Maçônica” – Tradução da edição inglesa de l918, realizada em l920 pelo Irmão Joseph Thomaz Wilson Sadler da Loja “Lodge of Unity”, de São Paulo, impressa em Londres, aprovada pela Grande Loja Unida da Inglaterra e adotado pelo Grande Oriente do Brasil.
Rituais do 1º, 2º e 3º graus do Rito de York organizados pelo Irmão ANATOLI OLIYNIK, Grande Secretário Geral de Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil para Rito de York Ano 2.000
TRABALHO COMPILADO PELO IRMÃO HERCULE SPOLADORE, MEMBRO DA LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL”- TRABALHO DE EMULAÇÃO.
COMPILADO POR ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M\M\

GOSP / GOB - R\E\A\A\